Vale a pena ver
castelos no mar alto
vale a pena dar o salto
pra dentro do barco
rumo à maravilha
e pé ante pé desembarcar na ilha.
Pássaros com cores que nunca vi
que o arco-íris queria para si
eu vi o que quis ver afinal.
É tão bom uma amizade assim
ai, faz tão bem saber com quem contar
eu quero ir ver quem em quer assim
é bom pra mim e é bom pra quem tão bem me quer.
Vale a pena ver
o mundo aqui do alto
vale a pena dar o salto.
Daqui vê-se tudo
às mil maravilhas
na terra as montanhas e no mar as ilhas.
Queremos ir à lua mas voltar
convém dar a curva
sem se derrapar
na avenida do luar.
30 janeiro 2010
E agora, o que realmente vale a pena...
chico-espertismo
Hoje lembro a semana de todos os acontecimentos, de todas as sensações, de todos os sentimentos, em cascata vividos.
A propósito de isto e depois de isto e também de outro acontecimento da semana que hoje termina (sobre o qual não quero escrever aqui) transcrevo as palavras do filósofo José Gil, no livro “Em busca da identidade – o desnorte” (Lisboa, Relógio D’Água Ed., 2009, pg. 32/33) :
“O chico-esperto infringe a lei como se estivesse a cumpri-la, como se fosse uma boa partida sem consequências de maior. (…) À acusação que o pode tornar um alvo da autoridade porque cometeu um delito opõe-se a força da conivência dos costumes, do «direito consuetudinário» que se formou na cabeça dos nossos compatriotas e que aprova secretamente o chico-espertismo. (…) O chico-espertismo, por ser tão generalizado e penetrar tantos domínios, desliza facilmente para a corrupção e para a acção criminosa.”
A mim, o que mais me impressiona é o outro partir do princípio que, de tão generalizado, o chico-espertismo é a atitude de todos os portugueses. Ora, tal não corresponde à verdade.
Ofende-me aquele que presume que o outro (sem nada ter feito para tal) é um chico-esperto. Ofende-me aquele que toma atitudes de manipulação em nome de outro, sem que isso tenha sido solicitado, só porque lhe parece que o chico-espertismo é universal. A este nível, ser habitual, rotineiro e usual, para mim, nada justifica.
E mais não digo.
A propósito de isto e depois de isto e também de outro acontecimento da semana que hoje termina (sobre o qual não quero escrever aqui) transcrevo as palavras do filósofo José Gil, no livro “Em busca da identidade – o desnorte” (Lisboa, Relógio D’Água Ed., 2009, pg. 32/33) :
“O chico-esperto infringe a lei como se estivesse a cumpri-la, como se fosse uma boa partida sem consequências de maior. (…) À acusação que o pode tornar um alvo da autoridade porque cometeu um delito opõe-se a força da conivência dos costumes, do «direito consuetudinário» que se formou na cabeça dos nossos compatriotas e que aprova secretamente o chico-espertismo. (…) O chico-espertismo, por ser tão generalizado e penetrar tantos domínios, desliza facilmente para a corrupção e para a acção criminosa.”
A mim, o que mais me impressiona é o outro partir do princípio que, de tão generalizado, o chico-espertismo é a atitude de todos os portugueses. Ora, tal não corresponde à verdade.
Ofende-me aquele que presume que o outro (sem nada ter feito para tal) é um chico-esperto. Ofende-me aquele que toma atitudes de manipulação em nome de outro, sem que isso tenha sido solicitado, só porque lhe parece que o chico-espertismo é universal. A este nível, ser habitual, rotineiro e usual, para mim, nada justifica.
E mais não digo.
22 janeiro 2010
"As letras para músicas são tratadas como parente pobre da poesia"
Ler o artigo na última edição do semanário "O Mirante".
18 janeiro 2010
“(As) letras com(o) poesia” II
Vitorino A. Ventura, na Biblioteca Municipal de Ourém, no passado dia 16 de Janeiro, numa fotografia de Aurélia Madeira.
Foi a primeira sessão dos (Con)tributos de 2010. Uma sessão interessante que deixa no ar a vontade de voltar à BMO e aos "contributos" que por lá forem passando, de voltar ao livro de Vitorino Ventura (e às suas leituras das letras/poesias que nele analisa) e de voltar às músicas ouvidas também por lá.
Já a seguir uma das minhas preferidas.
13 janeiro 2010
(As) letras com(o) poesia
Os (Con)tributos’2010, na Biblioteca Municipal de Ourém, começam já em Janeiro e na minha opinião, com um interessantíssimo tema: As poéticas do pop/rock em Portugal. Vamos ouvir músicas de poetas portugueses, interpretadas por grupos portugueses. Seremos convidados por Vitorino Almeida Ventura a escutar o texto/poema de cada canção e a procurar nele as funções da obra de arte. A sessão está agendada para 16 de Janeiro (Sábado), pelas 17h. Apresento agora algumas informações sobre o autor convidado e a obra que vem apresentar. Apareçam!
Vitorino A. Ventura, Licenciado em Direito, na UCP e em Literaturas Modernas, na variante de Estudos Portugueses, na UAL, não concluiu, todavia, o Curso de Análise e Composição do Conservatório de Música do Porto. Como voz do grupo U Nu, viu editado:
– A nova portugalidade, Numérica, 1994.
– O regresso dos diabos, Yucca Tree Records, 2000.
Já deu formação em acções para Docentes no Centro de Formação da Maia e de Valongo, entre 2003 e 2005, sobre a lírica pop/rock. Foi convidado, sobre o mesmo tema, a dar um Curso de Verão na Universidade Católica do Porto, em 2008 e 2009.
Paralelamente, já foi formador de Adolescentes, nas Bibliotecas Municipais de Carrazeda de Ansiães, em 2007 e 2008, Gondomar e Tavira, em 2009, estando uma nova formação prevista para a Biblioteca de Almeida Garrett, no Porto.
A convite de António Sérgio, moderou no Festival Super Bock Super Rock a conferência “O futuro da música passa pelos músicos?”, em 2001.
Ainda sobre as Poéticas do Rock, a convite de Fernando Guerreiro e Golgona Anghel, conferenciou na Faculdade de Letras de Lisboa, em Abril de 2009.
Finalmente, no domínio da ficção, publicou:
– Da Cidade neste Corpo (Brasília Editora, 1989).
– Memórias de Ansiães, vol. 2 (audEo, 1998).
– Crónicas de Sancho Pança (Afrontamento, 2007).
Acerca do livro “(As) letras com(o) poesia”
“(As) letras com(o) poesia” (o melhor da pop/rock em Portugal), primeiramente publicado pela Objecto Cardíaco, em 2006, com reedição pela editora Afrontamento, em 2009, constitui-se como um ensaio poético sobre a lírica de António Avelar de Pinho (Banda do Casaco), JP Simões (Belle Chase Hotel), Carlos Tê (Clã), Rui Reininho (GNR), Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Manel Cruz (Ornatos Violeta), Sérgio Godinho e Regina Guimarães (Três Tristes Tigres), que, em muito do produzido, podiam entrar pela porta maior da poesia, nas universidades mesmo.A ideia do livro é levar os participantes, numa espécie de Plano Nacional de Literatura Marginalizada, a escutar (d)o micro-texto linguístico (normalmente, oculto), na canção pluridimensional, uma vez que, como referiu Umberto Eco, in Apocalípticos e Integrados, estão lá todas as funções que Charles Lalo viu na melhor obra de arte: diversão, catarse, técnica, idealização e reforço ou duplicação.
– A nova portugalidade, Numérica, 1994.
– O regresso dos diabos, Yucca Tree Records, 2000.
Já deu formação em acções para Docentes no Centro de Formação da Maia e de Valongo, entre 2003 e 2005, sobre a lírica pop/rock. Foi convidado, sobre o mesmo tema, a dar um Curso de Verão na Universidade Católica do Porto, em 2008 e 2009.
Paralelamente, já foi formador de Adolescentes, nas Bibliotecas Municipais de Carrazeda de Ansiães, em 2007 e 2008, Gondomar e Tavira, em 2009, estando uma nova formação prevista para a Biblioteca de Almeida Garrett, no Porto.
A convite de António Sérgio, moderou no Festival Super Bock Super Rock a conferência “O futuro da música passa pelos músicos?”, em 2001.
Ainda sobre as Poéticas do Rock, a convite de Fernando Guerreiro e Golgona Anghel, conferenciou na Faculdade de Letras de Lisboa, em Abril de 2009.
Finalmente, no domínio da ficção, publicou:
– Da Cidade neste Corpo (Brasília Editora, 1989).
– Memórias de Ansiães, vol. 2 (audEo, 1998).
– Crónicas de Sancho Pança (Afrontamento, 2007).
Acerca do livro “(As) letras com(o) poesia”
“(As) letras com(o) poesia” (o melhor da pop/rock em Portugal), primeiramente publicado pela Objecto Cardíaco, em 2006, com reedição pela editora Afrontamento, em 2009, constitui-se como um ensaio poético sobre a lírica de António Avelar de Pinho (Banda do Casaco), JP Simões (Belle Chase Hotel), Carlos Tê (Clã), Rui Reininho (GNR), Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Manel Cruz (Ornatos Violeta), Sérgio Godinho e Regina Guimarães (Três Tristes Tigres), que, em muito do produzido, podiam entrar pela porta maior da poesia, nas universidades mesmo.A ideia do livro é levar os participantes, numa espécie de Plano Nacional de Literatura Marginalizada, a escutar (d)o micro-texto linguístico (normalmente, oculto), na canção pluridimensional, uma vez que, como referiu Umberto Eco, in Apocalípticos e Integrados, estão lá todas as funções que Charles Lalo viu na melhor obra de arte: diversão, catarse, técnica, idealização e reforço ou duplicação.
12 janeiro 2010
Capitão Romance
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim nao toquei em nada
Do que em mim tocou
11 janeiro 2010
Olga Maniés
Há surpresas agradáveis na nossa vida. Conhecer a pintura de Olga Maniés, para mim, foi uma delas.
De 09 a 31 de Janeiro poderão visitar uma exposição da sua pintura, na Galeria Municipal de Ourém.
Natural de Tomar e a residir em Seiça, a autora assume-se como uma “apaixonada pela pintura”. No seu blog pessoal, diz que pintar a transporta para “um mundo mágico onde a expressão de sentimentos acontece sem condicionamentos ou reservas, sem limites de tempo ou espaço”.
Apoiada pelo Movimento Artístico de Coimbra, Olga Maniés tem participado em algumas exposições colectivas e individuais em Portugal e Espanha.
Técnicas: Óleo, aguarela e acrílico. Entrada Livre.
Horário da Galeria: Terça a Domingo, 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Ary dos Santos
Homem de ideias fortes, José Carlos Ary dos Santos está imortalizado na sua vasta obra poética e também nas vozes de cantores como Amália, Carlos do Carmo, Fernando Tordo, Simone de Oliveira, Tonicha, Paulo de Carvalho e José Afonso.
Poderão visitar uma exposição sobre o poeta, na Biblioteca Municipal de Ourém, durante o mês de Janeiro em curso.
De segunda a sexta, das 09h00 às 18h00 e no Sábado, dia 16, das 16h00 às 19h00.
03 janeiro 2010
2010
"Um amor, uma carreira, uma revolução:
outras tantas coisas que se começam
sem saber como acabarão"
Jean-Paul Sartre
outras tantas coisas que se começam
sem saber como acabarão"
Jean-Paul Sartre
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