19 dezembro 2017

“Romanceiro de Natal” de João Manuel Ribeiro e Vergílio Alberto Vieira



                A minha sugestão de leitura vai hoje para o livro “Romanceiro de Natal”, uma coletânea de poemas sobre a época que este mês comemoramos.

“Romanceiro de Natal”, de João Manuel Ribeiro e Vergílio Alberto Vieira, presenteia-nos com 21 poemas, ora de um, ora do outro poeta, que nos reportam para diferentes ambientes que associamos ao Natal. São exemplos disso os ambientes dos poemas “Visitação do Anjo”, “Adoração dos Magos”, “O Natal dos Inocentes” (que convoca o episódio do Infanticídio ordenado pelo Rei Herodes) e “Aguarela da Sagrada Família”.

Mas os poetas João Manuel Ribeiro e Vergílio Alberto Vieira vão mais longe e oferecem aos leitores cenários fantásticos, que ultrapassam os que habitualmente são invocados nesta época, como por exemplo os que encontramos nos poemas “Presépio Esquimó” e “Missangas de Natal no avental da avó”.

Tão importantes quanto o texto, as ilustrações de Joana Bragança transformam o livro num objeto apetecível durante todo o ano e não só na época de Natal.

O escritor João Manuel Ribeiro nasceu em 1968. Estudou Teologia, Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, Ciências da Educação e Literatura Infantil e Juvenil, em várias universidades. Para crianças publicou mais de 30 títulos, repartidos entre a poesia, a narrativa e outros tipos de texto. Comemorará, em 2018, 10 anos de Vida Literária.

O escritor Vergílio Alberto Vieira nasceu em 1950, em Amares – Braga. Licenciou-se em Letras pela Universidade do Porto. Poeta, ficcionista e autor de livros para a infância, publicou pela primeira vez em 1971, com o título “Na margem do silêncio”. Entre 1975 e 2000, foi crítico literário na revista África, no Jornal de Notícias, no Faro de Vigo e no semanário Expresso. Reuniu a sua obra poética no título “Todo o trabalho toda a pena”, comemorativo dos 45 anos de edição.

Do último poema do livro que sugerimos, retiro agora a última quadra, fazendo minhas as suas palavras:

“Desde aqui, deste corpo nascido,

húmido de paz e giestas,

recolhe Deus o coração florido

e deseja a todos; Boas-Festas!”