Era Setembro
ou outro mês qualquer
propício a pequenas crueldades:
a sombra aperta os seus anéis.
Que queres tu ainda?
O sopro das dunas sobre a boca?
A luz quase despida?
Fazer do corpo todo
um lugar desviado do inverno?
Eugénio de Andrade
in Poesia, Ed. Fundação Eugénio de Andrade,
2.ª edição, 2005, pg.341
2 comentários:
De vez em quando aqui me trazes a frescura e sempre, sempre a novidade do Eugénio, mesmo lido todos os dias. Obrigada:))
Um poema de um dos meus poetas preferidos, sobre um mês que para mim simboliza fins e princípios...
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