REDACÇÃO
Uma senhora pediu-me
um poema de amor.
Não de amor por ela,
mas “de amor, de amor”.
À parte aquelas trivialidades
“minha rosa,
lua do meu céu interior”
que podia eu dizer
para ela, a não destinatária,
que não fosse por ela?
Sem objecto, o poema
é uma redacção
dos 100 modelos
de Cartas de Amor.
Alexandre O’Neill (1924-1968)
in Poesia Completa
1 comentário:
Tão certo como dois e dois são quatro, prezada Carmen.
Obrigado pela visita lá no condado.
Beijos!
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