16 novembro 2010

«O bicho-de-sete-cabeças - História de uma eleição democrática» - Uma obra para crianças e não só


"Carmen Zita Ferreira apresentou, no passado domingo, a sua mais recente obra, um conto infantil denominado «O bicho-de-sete-cabeças/ História de uma eleição democrática».
Ilustrada por Sandra Serra e com posfácio de Eduardo Marçal Grilo, o livro conta a história e uma eleições em que o vencedor é um bicho-de-sete-cabeças, onde cada cabeça representa uma qualidade indispensável para quem se propõe exercer um cargo de serviço público. Na hora da coroação surgem os problemas porque é preciso escolher a cabeça a coroar. E qual delas é a mais importante? Após o impasse gerado pela discussão, surge a solução. Mas essa, como dizia a autora no dia do lançamento, será para os leitores descobrirem.
Uma história extremamente bem contada e ilustrada, escrita para crianças mas que não faz mesmo mal nenhum ser lida e absorvida por adultos.
A apresentação decorreu na sede da AMBO, após a audição dos jovens cantores do coral infantil e juvenil da associação dirigidos pelo maestro Paulo Honório.
A vice-presidente da AMBO, Ana André começou por manifestar a sua satisfação pelo facto do lançamento estar a decorrer na AMBO, até porque Carmen Zita é «uma filha da casa» sendo mesmo que «toda a sua família é da casa». Considera importante «que decorram aqui estas iniciativas culturais» e defende que, na era das novas tecnologias é sempre uma «grande satisfação o lançamento de um livro infantil, com uma história muito bem concebida e com excelentes ilustrações».

Em representação da Câmara esteve o vice-presidente e vereador da Cultura que salientou o facto da sala se encontra cheia o que considera ser «algo de sublinhar». E porque «um livro para crianças, lê-se rapidamente por um adulto» José Alho afirma ter feito «esse exercício» o que o faz dizer «que bom seria que os decisores tivessem todas estas cabeças para pôr ao serviço das suas comunidades».
Gracejando, Alho afirma que «está tão simplesmente escrito que até os adultos percebem» e termina a prometer que vai «tentar ser um bicho-de-sete-cabeças na minha quota-parte de responsabilidade».
João Manuel Ribeiro, da editora «trinta por uma linha» começou por felicitar a AMBO e a Câmara por se associarem e apoiarem este lançamento e refere o momento musical a que assistiu para defender a importância da música para as crianças.
Quanto ao livro em questão, garante que a editora o iria publicar de qualquer maneira, mas manifesta a sua satisfação por a Câmara e o Governo Civil se terem associado à sua publicação. Até porque, afirma, «os livros infantis têm características próprias», são lidas não apenas as palavras mas também as imagens. Por isso, garante, «se este livro não fosse bom, não o editávamos», até porque, «só editamos livros que valham a pena».
Carmen Zita estava visivelmente emocionada naquela «casa onde cresci e me desenvolvi como cidadã». Diz que «aqui aprendi a trabalhar para o colectivo e a valorizar o indivíduo e o que cada um pode oferecer, individualmente, ao colectivo».
Agradece à Câmara, Governo Civil e ilustradora, mas também a Marçal Grilo que confessa não conhecer pessoalmente mas que admira e que aceitou fazer o posfácio após ter lido o livro que lhe enviou por mail.
De referir ainda que a Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC) traduziu a obra para Braille, passando desse modo a ficar também disponível para crianças invisuais e para os pais invisuais que desejem ler as histórias aos seus filhos. Esta obra em Braille vai ser oferecida pela autora a cinco bibliotecas do país."
Notícias de Ourém, edição de 12 de Novembro de 2010


2 comentários:

j disse...

clap clap clap1

©carmen zita disse...

:)