Venha!
Venha uma pura alegria
Que não tenha
Nem a senha
Nem o dia!
Abra-se a porta da vida
Sem se perguntar quem é!
E cada qual que decida
Se quer a lama aquecida
No lume da nova fé.
Venha!
Venha um sol que ninguém tenha
No seu coração gelado!
Venha
Uma fogueira de lenha
De todo o tempo passado!
Miguel Torga
in Libertação, 4.ª edição, Coimbra, 1978, pg.16
Fotografia de Nuno Abreu
16 junho 2008
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3 comentários:
Muito bonito!
Venha o calor,
o sol
e
o
cheiro a mar!
Um poema belíssimo, cuja escolha é sugestiva :))
Grande poema que se assemelha tanto a uma espécie de Hino...e uma imagem, uma foto, poderosa...lindíssima. Muito bem escolhido e acompanhado.
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