Fotografia de Nuno Abreu
Na ribeira que sulca
os leitos deste labirinto
procuro a cesta de vime
que suavemente te trará
até mim.
Deixa-te embalar pela corrente
até ao calor do rubro abrigo
que te aguarda, meu bem.
Na encruzilhada de três rios
que encontrarás na viagem
ao fundo de ti,
antes de continuares
pelo fabuloso caminho,
em recolhimento reflecte
e depois escolhe uma qualquer rota,
meu infante,
porque o destino te trará aqui.
Entretanto eu esperarei
e dia após dia guardarei
todos os tesouros
que para ti estão reservados:
Reino encantado, com nuvens de chocolate,
refúgios de luz escarlate
e translúcidos lagos.
Carmen Zita Ferreira
in Do mar grande e d’outras águas,
os leitos deste labirinto
procuro a cesta de vime
que suavemente te trará
até mim.
Deixa-te embalar pela corrente
até ao calor do rubro abrigo
que te aguarda, meu bem.
Na encruzilhada de três rios
que encontrarás na viagem
ao fundo de ti,
antes de continuares
pelo fabuloso caminho,
em recolhimento reflecte
e depois escolhe uma qualquer rota,
meu infante,
porque o destino te trará aqui.
Entretanto eu esperarei
e dia após dia guardarei
todos os tesouros
que para ti estão reservados:
Reino encantado, com nuvens de chocolate,
refúgios de luz escarlate
e translúcidos lagos.
Carmen Zita Ferreira
in Do mar grande e d’outras águas,
Ed. Gama, 2006, pg.42
1 comentário:
Porque é que será que tenho a impressão que já li este poema em algum lado?! ;p
Pois...a foto está em conjugação perfeita com o poema (aliás, a foto está em conjugação até com a foto que neste momento está no post do reflexo do espectro!Coincidência!)
A naturalidade do encontro fluindo através das palavras...
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