A nona elegia
PORQUÊ, se é possível viver o prazo da existência,
até ao seu termo, como loureiro, um pouco mais escuro do que
todos os outros tons de verde, com pequenas ondas no rebordo
da folhagem (como o sorriso de um vento) -: porquê então esta
forçosa existência humana – e, evitando o destino,
ter saudades do destino?...
Oh! Não porque há a felicidade,
proveito antecipado de uma perda próxima.
Não por curiosidade, ou para exercitar o coração,
que também haveria no loureiro…”
(…)
Rainer Maria Rilke
(1875-1926)
In “As elegias de Duíno”
Ed. Assírio & Alvim, 1993, pg. 83
27 agosto 2012
20 agosto 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)