30 maio 2009

VIII Festival de Cereja de Resende


Decorre este fim-de-semana, em Resende, o VIII Festival da Cereja. No Domingo participará no festival o grupo de música tradicional “Romeiros”, de Ourém.
Nesse mesmo dia poder-se-á assistir aos espectáculos do “Mar de Pedra” (um grupo com quem os “Romeiros” estiveram o ano passado, em Vila Real), dos “Arrefole”, d’“Uxukalhos” (que actuarão em Junho em Ourém, nas Festas da Cidade e do Concelho) e dos “Flor de Lis” (que venceram o Festival da Canção RTP este ano).
Para além de toda a animação que o Municio de Resende promete aos seus visitantes e habitantes, estarão à venda as apetecíveis CEREJAS de Resende!

27 maio 2009

Sonhos e medos

rapinado do i can read, again.

O Túmulo de Edgar Poe

O Túmulo de Edgar Poe

Tal que em si-mesmo enfim a Eternidade o apura
O Poeta suscita com seu gládio erguido
Seu século aterrado de não ter ouvido
Que a morte triunfava nessa voz obscura!

Eles, em sobressalto como de hidra impura
Audindo o anjo aos da tribo termos dar sentido
Puro mais, logo aclamam sortilégio haurido
Nas desonradas águas de uma atra mistura.

Opostos solo e nuvens, ó suprema dor!
Se a nossa ideia com não cria de escultor
De que a tumba de Poe se orne resplandecente,

Calmo tombado bloco de um desastre escuro,
Que este granito ao menos mostre o seu batente
Ao negro voo blasfemo esparso no futuro.

Sthéphane Mallarmé
Tradução de Jorge de Sena.

17 maio 2009

Danger

Fotografia de José Lopes


Notice to an absent-minded reader:
poetry is a soft way
of bewildering.

Carmen Zita Ferreira
in Jogo de Espelhos,
Ed. Som da Tinta, 2004, pg. 47
(Tradução de
Tânia Graça)

12 maio 2009

Todas as ruas do amor

Gosto da simplicidade da melodia, gosto do poema, gosto da voz.

Parece que o resto da Europa também gostou.

08 maio 2009

A voz de Ana Hatherly

Ana Hatherly, poeta e professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, celebra hoje, 08 de Maio de 2009, o seu 80º aniversário.
Lembro-me das suas aulas, do seu sorriso e sobretudo, do seu olhar transparente e fascinante.
Deixo aqui um dos seus poemas.


Um rio de luzes


Um rio de escondidas luzes

atravessa a invenção da voz:

avança lentamente

mas de repente

irrompe fulminante

saindo-nos da boca


No espantoso momento

do agora da fala

é uma torrente enorme

um mar que se abre

na nossa garganta


Nesse rio

as palavras sobrevoam

as abruptas margens do sentido.


in O Pavão Negro,
Ed. Assírio & Alvim, 2003

07 maio 2009

Festambo em Maio


Dia 08 – 21h30 – Centro Paulo VI – Fátima – Espectáculo de Dança
  • Escola da Dança da Academia de Música Banda de Ourém;
  • Escola de Dança do Conservatório de Artes do Orfeão de Leiria.
Dia 10 – 15h30 – Cine-teatro Municipal de Ourém – XVIII Encontro de Coros Infantis/Juvenis de Ourém

  • Coral Infantil/Juvenil de Ourém;
  • Coral “As Sementinhas” de Monte Abraão;
  • Coral Infantil de Caldas da Rainha.
Dia 17 – 17h00 – Praça Mouzinho de Albuquerque – Ourém – Espectáculo de Música Popular Portuguesa

  • Romeiros (Ourém);
  • A Barca dos Castiços (Coimbra);
  • Pinhal d’el Rei (Leiria).
Apareçam!

04 maio 2009


“Quando estou com alguma dificuldade em escrever vou à praia.”
Pepetela
Leiria, 28 de Abril de 2009

Questionado sobre o que pensava sobre o sentimento (tornado público) de alguns escritores, sobre quão difícil e até doloroso é o acto de escrita (na altura ouviram-se os nomes Lobo Antunes e Saramago por parte da plateia) Pepetela declarou que é coisa que não sente.
Segundo as suas palavras, escrever é um prazer. Quando as palavras certas não aparecem e está perante um impasse faz outra coisa qualquer. Ir à praia foi só um exemplo. O que o escritor quis salientar é que não fica a “sofrer” diante de um papel em branco. A ideia pareceu-me genial, de tão sincera e despretensiosa que é.

Digo-vos que é impossível estar em contacto com alguém como o escritor Pepetela e ficar indiferente (e até não sair de perto dele já diferente). Há nele uma simplicidade universal e uma simpatia que cativa, sem ser completamente evidente.
Que sorte ele ter estado aqui tão perto (de novo).