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Fotografia de Sérgio Simões
De regresso às nuvens
veio uma boneca-de-pano-encantado,
que as nuvens sempre quis habitar
e nunca outro lado.
Que viagens de perdição acolheu
nestes dias em que no seu reino não choveu.
A vertigem da subida ao céu
ofereceu-lhe a loucura.
Vertigem de sentir demais,
vertigem de sentir ser a mais a dor que a consome.
Regresso às nuvens.
veio uma boneca-de-pano-encantado,
que as nuvens sempre quis habitar
e nunca outro lado.
Que viagens de perdição acolheu
nestes dias em que no seu reino não choveu.
A vertigem da subida ao céu
ofereceu-lhe a loucura.
Vertigem de sentir demais,
vertigem de sentir ser a mais a dor que a consome.
Regresso às nuvens.
Aventura.
Boneca que de fantasia tem fome
das nuvens fez sua casa.
Boneca sem vida,
viver nas nuvens pode ser bom
mas o Sol que aquece,
Boneca que de fantasia tem fome
das nuvens fez sua casa.
Boneca sem vida,
viver nas nuvens pode ser bom
mas o Sol que aquece,
por vezes abrasa.
Carmen Zita Ferreira
In Jogo de Espelhos,
2004, Ed. Som da Tinta, pg. 23
In Jogo de Espelhos,
2004, Ed. Som da Tinta, pg. 23
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