11 julho 2010

Igudesman & Joo

Há quem perceba de música e saiba aproveitá-la para fazer humor.
Igudesman & Joo são o maior exemplo. Se quiserem conhecer melhor o seu trabalho, sigam-me por aqui.
Neste momento, em Espinho, para alguns privilegiados começa um espectáculo. Quem me dera .



09 julho 2010

O professor contra-corrente que leccionou em Ourém

Ler o artigo na última edição do semanário “O Mirante”.

Pedro Almeida Vieira em Ourém


No próximo dia 10 de Julho, pelas 21h00, o escritor Pedro Almeida Vieira estará no Museu Municipal de Ourém – Casa do Administrador, para apresentar o seu mais recente romance “Corja Maldita”, com a chancela da Sextante/Porto Editora.
O livro retrata a segunda metade do século XVIII, quando a poderosa Companhia de Jesus se vê envolvida pelo futuro Marquês de Pombal no processo dos Távora. Em França torna-se um alvo a abater pelos janesistas parisienses e em Espanha é transformada em bode expiatório no rescaldo de um motim.

Corja maldita


Pedro Almeida Vieira

Escritor e jornalista português, nasceu em Coimbra (Beira Litoral), em 17 de Novembro de 1969, licenciou-se em Engenharia Biofísica na Universidade de Évora em 1993.
Dois anos mais tarde tornar-se-ia jornalista «free-lancer», com colaborações nos jornais Expresso e Diário de Notícias, bem como nas revistas Forum Ambiente e Grande Reportagem. Em 2003 foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Ambiente «Fernando Pereira», pela Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, pela sua contribuição, como jornalista, para as causas ambientais.
Em 2003 publicou um ensaio ambiental intitulado «O Estrago da Nação», repetindo esta temática em 2006, com a publicação do livro «Portugal: O Vermelho e o Negro», sobre os incêndios florestais. A sua estreia literária surgiu com o romance «Nove mil passos» (2004), sobre a construção do Aqueduto das Águas Livres, seguindo-se «O Profeta do castigo divino» (2005) - que aborda a vida do jesuíta Gabriel Malagrida e a ascensão política do Marquês de Pombal, com enfoque no período anterior ao terramoto de Lisboa de 1755 -, «A mão esquerda de Deus» (2009) - obra finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa, que constitui uma reconstrução da heterodoxa vida de Alonso Perez de Saavedra, o suposto falso núncio que criou a Inquisição lusitana, durante o reinado de D. João III de Portugal - e «Corja maldita» (2010), um romance que incide sobre o processo de extinção da Companhia de Jesus na segunda metade do século XVIII.
Actualmente, está a escrever um ensaio sobre censura e crítica literárias no período do barroco.


“Corja maldita” - Sinopse oficial do livro:
Na segunda metade do século XVIII, a todo-poderosa Companhia de Jesus vê-se envolvida pelo futuro marquês de Pombal no processo dos Távoras, em França torna-se um alvo a abater pelos jansenistas parisienses e em Espanha é transformada em bode expiatório no rescaldo de um motim. Em 1773 acabaria suprimida pelo papa Clemente XIV, após um conclave envolto em corrupção. Tudo isto se retrata neste livro.
Estamos perante, pois então, um romance histórico?
De acordo com o editor: sim, definitivamente.
Segundo o narrador, que se assume afinal como o verdadeiro autor: não, é uma crónica verídica.
Para a alma penada do padre Gabriel Malagrida, é uma reputada heresia; este livro deveria ser queimado... Queimado?! Não, guilhotinado... e jamais lido.
O (presumido) autor não confirma nem desmente.
Na dúvida, será uma cornucópia de imaginação e criatividade.

06 julho 2010

Canção de embalar bonequinhas pobres



Menina dos olhos doces
adormece ao meu cantar:
Tenho menina de trapos,
tenho uma voz de luar...

Os meus braços são a lua
quando ela é quarto crescente:
dorme menina de trapos,
meu pedacinho de gente.

Matilde Rosa Araújo
in "As cançõezinhas da Tila" (1998)

Alberto Manguel ou a clarividência dos sábios

“Na Idade Média, amarrava-se as crianças ao berço para as imobilizar. Hoje, amarramos a mente das crianças exactamente da mesma forma. Se me confiarem uma turma de crianças, comprometo-me a fazer com que elas leiam Camões com muitíssimo entusiasmo. É preciso dizer-lhes que são inteligentes e que vão conseguir ler essa obra. As crianças adoram palavras complicadas, termos difíceis, histórias onde não se percebe tudo. Mas a indústria não quer isso, quer tornar as coisas mais simples.”

Alberto Manguel, aqui